Diagnóstico e Ação

O Ideb pode servir tanto como uma bússola para apontar necessidades e ajudar uma rede a desenvolver a sua qualidade no ensino, como para direcionar políticas de distribuição de recursos do Ministério da Educação (MEC) e nortear gestores educacionais sobre investimentos e ações. Ao olhar o Ideb, deve-se levar em conta cada indicador que o compõe analisando qual o impacto do aprendizado (em português e matemática) e o do fluxo (aprovação, reprovação e evasão) naquela nota.

Um dos propósitos do QEdu é qualificar o debate sobre a educação no Brasil, promovendo um olhar sobre a realidade educacional a partir de dados, informações e indicadores. Para alcançar este propósito, destacamos aspectos que sugerimos serem observados no Ideb do país, do estado, município ou escola.

Verificar se o desenvolvimento das escolas numa mesma região segue o mesmo ritmo também pode ajudar a localizar pontos de atenção – se há disparidade entre escolas com o mesmo perfil socioeconômico pode ser que alguma tenha feito ações mais ou menos eficientes que as outras.

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Cumprimento das metas

Além da produção do indicador a cada biênio, a metodologia desse indicador propõem metas para cada segmento, dimensão espacial, redes e escola, de forma que o país alcance a meta de Ideb geral de 6,0 em 2021. Por isso é muito relevante sempre observar os valores do indicador frente as metas estabelecidas.

 

Variação do Ideb (crescimento, estagnação, decréscimo)

Mesmo que a meta não tenha sido alcançada, se existe um crescimento constante do Ideb, este já é um bom indicador para a localidade. Ao contrário, se existe uma tendência de queda no Ideb, é um indicador de alerta importante a ser destacado.

 

Componentes

O valor do Ideb é obtido pela multiplicação dos valores de dois componentes: fluxo (aprovação) e proficiência (nota média na Saeb). Assim, qualquer variação no Ideb, na realidade, é uma variação em um ou nos dois componentes.

Com o olhar atento para cada um dos componentes, é possível compreender onde existe maior espaço de crescimento, se é no fluxo ou no aprendizado.

 

Detalhamento nas sub-unidades espaciais

Pela diversidade de condições educacionais existentes no Brasil, e estados e até dentro de um mesmo município, é relevante observarmos o Ideb em detalhes, olhando para os valores de unidades espaciais menores. Significa dizer que para avaliar o Ideb do país, precisamos olhar o Ideb dos estados. Da mesma forma, para avaliar o Ideb das unidades federativas, devemos observar o Ideb dos municípios, que por sua vez, para ser avaliado, necessita de uma leitura adequada do Ideb das escolas.

Este aprofundamento precisa ser feito mesmo em cidades que alcançaram suas metas, pois, dessa forma, a equipe de gestão pode identificar quais escolas que caíram no desempenho e dedicar os esforços do próximo período para aquelas que mais necessitam.