O nível socioeconômico (NSE) sintetiza as características dos indivíduos em relação à sua renda, ocupação e escolaridade, permitindo fazer análises de classes de indivíduos semelhantes em relação a estas características. No QEdu, os indivíduos foram agrupados apenas por escola.

O NSE é um valor numérico, inicialmente variando de -3 até 3. Posteriormente, para facilitar o entendimento, ele foi convertido para uma escala de 0 até 10 e em seguida, separado em sete níveis qualitativos: “Mais Baixo”, “Baixo” “Médio-baixo”, “Médio”, “Médio Alto”, “Alto” e “Mais Alto”.

Nas pesquisas educacionais o debate sobre classes e estratos sociais é um tema central, não só por que a educação é uma das dimensões fundamentais nos estudos de estratificação e mobilidade social, mas, também, devido a forte correlação entre resultados escolares e o nível socioeconômico e cultural das famílias, comprovada por ampla evidência empírica em vários países do mundo desde meados dos anos1960 e também no Brasil.

Assim, nas avaliações educacionais a elaboração de questionários contextuais, que contenham as informações relevantes e que sejam fidedignos, constitui uma etapa crucial do processo avaliativo.

Um exemplo destes questionários é o material aplicado conjuntamente com a Prova Brasil para os alunos de 5º ano e de 9º ano. Enem e Saeb também possuem questionários e conjuntamente ao questionário da Prova Brasil, compõe o NSE.

O NSE apresentado no portal sintetiza a relação entre a escolaridade, a ocupação e a renda das famílias, e foi construído por José Francisco Soares e Maria Tereza Gonzaga Alves, do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais, em parceria com o Instituto Unibanco.

Veja a publicação oficial no site do Todos Pela Educação:http://www.todospelaeducacao.org.br/biblioteca/1468/o-nivel-socioeconomico-das-escolas-de-educacao-basica-brasileiras/